quarta-feira, 29 de junho de 2011

Livros indicados para o Vestibular UFSC 2012: 13 Cascaes

Em 16 de outubro de 1908, na localidade de Itaguaçu, quando ainda pertencia ao município de São José da Terra Firme, nascia Franklin Joaquim Cascaes, um dos maiores estudiosos da cultura popular de raiz açoriana na Ilha de Santa Catarina.


Exibindo imenso talento artístico, valeu-se da escrita, do desenho, da escultura e do artesanato, para imortalizar todo o universo legado pelos antigos colonos açorianos através dos seus descendentes, dos quais foi um dos seus maiores representantes. As narrativas fantásticas sobre bruxarias, ricamente ilustradas, compõem o cerne do grande acervo deixado por Franklin Cascaes, tornando-o um dos maiores defensores da tradição popular ilhoa. Na sua paciente pesquisa, desenvolvida ao longo de trinta anos, conseguiu salvar a memória da cultura popular de Santa Catarina. Faleceu na Ilha de Santa Catarina, terra tão venerada por ele, no dia 15 de março de 1983.


Com a chegada do centenário do nascimento do Estudioso Bruxólico, surgiu a idéia de homenageá-lo com uma coletânea de contos, confeccionados por 13 dos melhores escritores catarinenses, incorporando toda a linguagem e a mitologia construída por Cascaes. O homenageado, aqui, torna-se protagonista de seu próprio universo fantástico, alçado à condição de personagem da mitologia que ajudou a resgatar. De leitura tão agradável quanto enriquecedora, os 13 contos desdobram facetas múltiplas do gênio bruxo e a herança que nos legou, entrelaçando com habilidade ficção e realidade, memória e imaginação.


Os 13 contistas (na melhor adequação buxólico-cabalística), convertidos em "Cascaes", que com fina ironia, se esgueiram entre tocas de boitatás e reuniões bruxólicas, são: Salim Miguel, Flávio José Cardozo, Adolfo Boos Jr., Amilcar Neves, Eglê Malheiros, Fábio Brüggemann, Jair Francisco Hamms, Júlio de Queiroz, Maria de Lourdes Krieger, Olsen Jr., Péricles Prade, Raul Caldas Filho e Silveira de Souza.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sugestões de leitura

1599 um ano na vida de William Shakespeare, de James Shapiro

Este livro é uma descrição de um ano singular na vida do poeta e dramaturgo William Shakespeare. James Shapiro leva o leitor a acompanhar o que Shakespeare leu, escreveu, viu e com quem trabalhou enquanto investia no novo Globe Theatre e criava quatro de suas peças - 'Henrique V', 'Júlio César', 'Como gostais' e 'Hamlet'. Um ano que mudou não somente seu destino, mas o curso da literatura mundial.

Novidades: Clássicos da literatura em quadrinhos

Chegaram mais uns livros interessantes que foram incorporados ao nosso acervo:


A ilha do tesouro, de Robert Louis Stevenson
, com roteiro de David Chauvel


A vida de Jim Hawkins muda no dia em que um ex-pirata colérico se instala na hospedaria de seu pai. Eles se tornam amigos, mas o velho lobo do mar morre pouco depois. Então Jim descobre na arca do pirata o mapa do tesouro pertencente ao famoso capitão Flint. A caça ao tesouro vai começar.



As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, com roteiro de Jean David Morvan e Frédérique Voulyzé.

Tom Sawyer é um jovem órfão que vive com seu irmãozinho Sid na casa de sua tia Polly. Preguiçoso de marca maior, ele se recusa a fazer qualquer esforço, salvo quando se trata de seduzir a bela Becky. Com seu companheiro Huck, Tom se entrega a todo tipo de bagunça; os dois vivem pregando peças e pintando o sete, até o dia em que testemunham um assassinato.

Fonte: www.moderna.com.br

Novidades: Literatura americana

A estrada, de Cormac McCarthy

Num futuro não muito distante, o planeta encontra-se totalmente devastado. As cidades foram transformadas em ruínas e pó, as florestas se transformaram em cinzas, os céus ficaram turvos com a fuligem e os mares se tornaram estéreis. Os poucos sobreviventes vagam em bandos. Um homem e seu filho não possuem praticamente nada. Apenas uns cobertores puídos, um carrinho de compras com poucos alimentos e um revólver com algumas balas, para se defender de grupos de assassinos. Estão em farrapos e com os rostos cobertos por panos para se proteger da fuligem que preenche o ar e recobre a paisagem. Eles buscam a salvação e tentam fugir do frio, sem saber, no entanto, o que encontrarão no final da viagem. Essa jornada é a única coisa que pode mantê-los unidos, que pode lhes dar um pouco de força para continuar a sobreviver.

Pollyanna, de Eleanor H. Porter

'Pollyanna' é um clássico da literatura infanto-juvenil. Escrito em 1912, foi inicialmente publicado em capitulos no jornal Christian Herald, de Boston. É uma história sobre o amor, a amizade e, sobretudo, sobre o surpreendente poder de transformação que os jovens e as crianças podem ter, sem se dar conta. Uma otimista incurável, Pollyanna não aceita desculpas para a infelicidade e empenha-se de corpo e alma em ensinar às pessoas o caminho de superar a tristeza e a vida negativa.



Pollyanna Moça, de Eleanor H. Porter

Pollyanna Moça', escrita em 1915, é uma novela para crianças e adultos. É a primeira de várias seqüências de 'Pollyanna' (1912). A filosofia da personagem Pollyanna está centrada naquilo que ela chama de 'o jogo do contente' - ela sempre procura encontrar, em qualquer situação, alguma coisa para ser feliz. A mensagem do livro é uma lição de otimismo e esperança que tem encantado crianças e adultos, através das gerações.

Novidades: Coleção de Olho aberto, da editora SM

A coleção De Olho Aberto busca despertar e sensibilizar o leitor para temas relacionados com os direitos humanos, contribuindo assim para a compreensão da realidade cultural, social e política contemporâneas. Estruturados em relatos ficcionais e verídicos, recolhidos pelos próprios autores, os livros desta coleção atuam como uma chamada ao compromisso social e a justiça, e trazem um dossiê com dados e análises da origem e do contexto das situações tratadas em cada um dos volumes.


Crianças feridas: uma mina, uma vida amputada, de Reine-Marguerite Bayle

Este livro traz dois relatos ficcionais sobre crianças que sofreram mutilações decorrentes de minas explosivas enterradas durante períodos de conflito armado. A primeira narrativa se passa no Camboja, Ásia, e a outra em Moçambique, África. Por meio dos relatos, a autora discute com sutileza um tema forte e atual: como a guerra continua destruindo vidas mesmo depois de encerrada.



A pesca milagrosa: a guerrilha na Colômbia, de Alain Devalpo

A partir da história ficcional de Tomys, que é sequestrado por guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e do drama real do engenheiro Pavel e da senadora Ingrid Betancour, esta por seis anos em poder dos guerrilheiros, o leitor entra em contato com a realidade da Colômbia, marcada por contradições históricas e pela guerra civil que afeta o país há décadas.




Os Pichadores de Jabalia: a vida em um campo de refugiados palestinos, de Ouzi Dekel

Faixa de Gaza, campo de refugiados palestino. Youval, um jovem soldado israelense, vai servir no campo de Jabalia. Ali, vivencia o difícil cotidiano dos milhões de refugiados sem pátria. Ao acompanhar um pequeno grupo de pichadores que imprime mensagens de resistência nos muros do campo, Youval aprende que a diferença é uma experiência enriquecedora e que olhar e respeitar o outro é a maneira mais lúcida de estabelecer a paz. No final, há um dossiê informativo sobre a questão palestina.



Nakusha, a indesejável, de Laurence Binet

Este livro traz dois depoimentos ficcionais sobre meninas que são perseguidas simplesmente por terem nascido mulheres. No primeiro, Nakusha vive na Índia como uma verdadeira escrava, submetida às vontades do pai. No segundo, conhecerá a batalha de Latifa e Lal, cujas histórias se passam no Afeganistão, durante a guerra civil em Cabul. As três protagonistas lutam pela sobrevivência, pelo respeito e pela dignidade.





A força de Bedirya: a vida de meninas na Eritréia, de Gérard Dhotel

Este é o depoimento, baseado em fatos verídicos, de um repórter que visita a Eritreia, na África. Lá, conhece as condições de vida da população (que sobrevive à seca e ao fim de trinta anos de guerra contra a Etiópia) e acompanha de perto o destino de Bedirya, cujo maior sonho é voltar a estudar. Conhecendo o cotidiano da menina, tem-se um retrato fiel da realidade atual desse país da África.




Fonte: http://www.edicoessm.com.br/literatura-e-informativos/todos/todos/de-olho-aberto

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Coleção História Geral da África em português (Somente em PDF)


Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.

Download gratuito (somente na versão em português):
Para acessar a página da UNESCO e fazer download clique aqui.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Novidades: Clássicos da literatura universal em histórias em quadrinhos

Divirta-se com histórias de aventuras incríveis, conheça os livros da coleção Farol HQ:

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Alice era uma garota curiosa e imaginativa, comum como qualquer outra, até ser transportada para um lugar que era tudo, menos comum. Após entrar na toca de um coelho, a pequena Alice se vê em um mundo mágico, comandado por uma rainha neurótica e habitado por seres fantásticos. Escrita em 1864 e adorada desde então, a incrível jornada de Alice no país das maravilhas é considerada a obra-prima do inglês Lewis Carroll.



ROBINSON CRUSOÉ

O jovem Robinson Crusoé está farto da vida pacata que leva com os pais na Inglaterra. Ele busca uma grande aventura e, para isso, embarca num navio mercante. Após um naufrágio que dizima todo o restante da tripulação, Crusoé se vê isolado numa ilha. Ele conseguirá partir ou será forçado a permanecer ali até o fim de sua vida? Robinson Crusoé, a mais célebre obra de Daniel Defoe, foi escrita em 1719 e é considerada pioneira do realismo.


VINTE MIL LÉGUAS SUBMARINAS

Um misterioso monstro assombra os oceanos, destruindo navios e matando seus tripulantes. O governo dos Estados Unidos reúne uma equipe de profissionais para rastreá-lo e aniquilá-lo. Dentre eles estão o professor e biólogo marinho Pierre Aronnax, seu fiel conselheiro, Conseil, e o canadense Ned Land, o melhor arpoador do mundo. Publicado originalmente em 1870, Vinte Mil Léguas Submarinas é um exemplo da visão e imaginação de Júlio Verne.


A ILHA DO TESOURO

A vida do jovem Jim Hawkins vira de cabeça para baixo depois que o marujo Billy Bones chega à estalagem de seu pai e, com ele, um mapa que indica a localização de um tesouro inimaginável, escondido por um pirata. Nessa missão, Jim descobrirá que são poucas as pessoas nas quais pode confiar. A Ilha do Tesouro, aventura contada por Robert Louis Stevenson, vem conquistando gerações de leitores por mais de 120 anos.




Fonte: http://www.editoradcl.com.br/

Novidades: Literatura infanto-juvenil


MARCELO DESCOBRE A ALEMANHA


Em Marcelo descobre a Alemanha, há dois núcleos principais na narrativa: o de um personagem adolescente – Marcelo – e o de uma jovem que viaja como empregada doméstica da família – Marli.

O ritmo é o de uma estadia de um ano, em que os Coronha Vasconcelos vão viver em Leipzig, com data marcada para retornar. E, embora os personagens não tenham sentido a solidão de quem faz intercâmbio sem a família, vivem com dificuldades as diferenças culturais.

O Muro de Berlim, a Segunda Guerra Mundial, a Baviera, a cidade de Leipzig, a vida e a obra de Goethe formam cenários panorâmicos da intensa história da Alemanha, cuja nação se formou tardiamente no século XIX, e são apresentados ao leitor pelos Coronha Vasconcelos.



PROFISSÃO: JOVEM


O livro reúne oito histórias com personagens em seus primeiros empregos ou refletindo sobre futuras carreiras. São registros intensos ou pitorescos, de empregos eventuais ou revelando habilidades herdadas da família. Situações que poderiam ser vivenciadas por qualquer jovem.

Além das histórias, o livro também traz entrevistas com jovens de carne e osso, que já enfrentam o mercado de trabalho, de maneira formal ou
ocasional. O que pensam eles? Gostam do que fazem? Acreditam que suas tarefas os ajudarão na futura escolha profissional?



O POETA QUE FINGIA



Nessa história, o poeta Fernando Pessoa torna-se um personagem por meio da imaginação do menino João Fernando. Órfão de mãe e traumatizado pela relação complicada com o pai, o garoto vê o poeta como um pai espiritual, que abre seus olhos para vida e o insere no mundo da poesia.

Grande parte das falas de Fernando Pessoa na história são inventadas, sendo algumas baseadas em registro em cartas ou em diários. Outras são retiradas de poesias suas ou de seus heterônimos. Assim, o livro não somente estuda a obra deste grande poeta, mas também, revela sua importância na literatura mundial.


Fonte: http://www.ftd.com.br/

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sugestões de leitura: Fernando Pessoa

Estes livros fazem parte do nosso acervo e estão a disposição para empréstimo na Biblioteca:


FICÇÕES DO INTERLÚDIO


Uma espécie de antologia pessoal, reunindo poemas em português que Fernando Pessoa publicou em vida (1914 e 1935, em revistas e jornais) e que ele pretendia transformar em livro. Além do próprio Pessoa, aparecem na obra os heterônimos Alvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro, em poemas célebres como 'Autopsicografia', 'Ode marítima', 'Melhor destino que o de conhecer-se' e 'O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia'.




MENSAGEM


Único livro em português publicado em vida por Fernando Pessoa, trata-se de uma pequena epopéia em que o eu lírico é na verdade um 'nós' - a nação portuguesa. São poemas 'em que se resume a história passada, e a promessa da história futura, de Portugal', como escreveu Pessoa. No centro do poema - assim como no centro da nação e da alma portuguesa - surge o mito de Dom Sebastião, força aglutinadora de todas as esperanças.


QUANDO FUI OUTRO


A paixão é apenas um dos temas explorados neste livro. Foram pesquisados mais de 25 mil originais em português, inglês e francês, escritos por Fernando Pessoa. A seleção, não acadêmica, teve o cuidado de pinçar aqueles textos do poeta que o tempo não apagou, que ainda despertam emoção e empatia no homem contemporâneo. Nesta antologia primorosa, original, Ruffato garimpou cartas que o poeta enviou para Ophélia, sua namorada, em dois períodos distintos, e textos em prosa que nos envolvem com uma narrativa ácida, inteligente - além de priorizar uma seleta impecável de poemas, que abrigam desde os clássicos 'Tanto mar', 'Tabacaria' e 'Autopsicografia', até jóias pouco conhecidas, que nos ajudam a desvendar o caráter enigmático e melancólico de Pessoa. Além de grande poeta, Fernando Pessoa foi também um filósofo interessado em diversos assuntos como religião, astrologia, teoria literária, história e política em seus textos. Uma profusão de interesses que mostra a desesperada tentativa de compreender o homem em sua totalidade. 'Quando fui outro' ressalta a unidade temática da obra de Pessoa e a absoluta simbiose entre vida e arte. Essa é uma antologia em que os heterônimos se escondem para que nos aproximemos de Fernando Pessoa, o homem que se multiplicava em identidades diferentes para se compreender, para decifrar o mundo e, também, provavelmente para se ocultar.


POESIA COMPLETA DE ÁLVARO DE CAMPOS


Álvaro de Campos era o heterônimo mais escandaloso e febril de Fernando Pessoa (1888-1935). O poeta português dizia que os versos de Campos lhe ocorriam quando ele sentia um impulso indefinível para escrever. Sua poesia explosiva pôs abaixo as formas tradicionais do lirismo e da poesia parnasiana e simbolista. Alguns dos mais conhecidos versos do heterônimo expressam essa crise artística e de identidade do homem moderno - 'Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada./ À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo'.


POESIA COMPLETA DE RICARDO REIS


Ricardo Reis foi o segundo heterônimo criado por Fernando Pessoa, depois de Alberto Caeiro e antes de Álvaro de Campos - e é o mais clássico de todos eles. Suas odes refletem um espírito rigoroso, que defendia a ausência de desejos e o autodomínio como receita de sabedoria. A severidade de sua postura criou uma poesia precisa, de métrica calculada.


O POETA FINGIDOR



O 'Poeta fingidor', com apresentação de Claufe Rodrigues e prefácio de Carlos Felipe Moisés, é mais que uma antologia de Fernando Pessoa. Contém, além da antologia, um DVD com um documentário exibido pela Globo News em 2008.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Comemoração do 103º aniversário de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa é o nosso poeta mais íntimo, e todos gostamos de acreditar que o conhecemos profundamente. Mas quantos sabem que ele inventou o aerograma, criou um slogan para a Coca-Cola, ou mesmo que era iniciado em artes místicas?


Complexo, controverso e apaixonante, o criador dos mais charmosos heterônimos da literatura mundial encontrou no coração dos brasileiros, o palco ideal para encenar seu "drama-em-gente", misto de vida e obra, máscaras e emoções. Naturalmente, tanto quanto Drummond, Vinicius, Bandeira, Pessoa é considerado um poeta nosso, e o gosto mútuo pelo uso do gerúndio não será a única explicação para esse caso de amor.


Quando morou em Lisboa, no ano de 1914, o poeta carioca Ronald de Carvalho chegou a conviver com ele. Ambos participaram da criação da revista Orpheu (a publicação, a princípio, seria luso-brasileira, ideia que, afinal, não vingou).


O feliz namoro entre Pessoa e os brasileiros começou efetivamente no início da década de 1940, quando desembarcou no Brasil, depois de ser apreendida em Portugal uma edição inteira contendo uma seleção de textos que incluía város poetas heterônimos. Até aquele momento, mesmo no nosso meio literário, quase ninguém conhecia o poeta. Surgiram então os primeiros estudos literários; vários artistas passaram a retratá-lo em versos, tintas e canções; e mesmo Drummond escreveu mais de um poema em homenagem a ele.


Dos saraus, nos anos 1950, aos palcos da contracultura, na década seguinte, a popularidade do poeta fingidor aumentou consideravelmente entre nós. Mas, a rigor, ele ainda era um escritor para iniciados.


O poeta só conquistou o grande público no começo dos anos 1980, com a publicação do Livro do Desassossego (um texto em prosa, claro). A glorificação póstuma seria sacramentada na mesma década, com a celebração em Portugal do cinquentenário de morte, em 1985, e do centenário de nascimento, em 1988. Desde então, Pessoa não para de ganhar adeptos, penetrando na corrente sanguínea da sociedade humana através dos poros e dos sentidos, enquanto sua figura se agiganta cada vez mais perante os grandes nomes da literatura universal.



Texto de Claufe Rodrigues, poeta e jornalista.



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fotos da II Feira do Livro

Veja as Fotos da II Feira do Livro do Colégio Catarinense, ocorrida nos dias 1° a 4 de junho!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

10 de junho é o dia da Língua Portuguesa

Hoje cerca de 250 milhões de pessoas falam Português no mundo. No Brasil estão 80% desses falantes.


O português é a língua oficial em Portugal, Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Brasil, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. É a quinta língua mais falada do planeta e a terceira mais falada entre as línguas ocidentais, atrás do inglês e do castelhano. Por toda essa importância, seu ensino é obrigatório nos países que compõem o Mercosul. Não oficialmente, o português também é falado por uma pequena parte da população em Macau (território chinês que foi até 1999 administrado pelos portugueses); no estado de Goa, na Índia (que foi possessão portuguesa até 1961) e no Timor Leste, na Oceania (até 1975 administrado pelos portugueses, quando então foi tomado pela Indonésia, atualmente é administrado pela ONU).



O fato de a língua portuguesa estar assim espalhada pelos continentes deve-se à política expansionista de Portugal, nos séculos XV e XVI, que levou para as colônias essa língua tão rica, que se misturou a crenças e hábitos muito diversos, e acabou simplificada em vários dialetos. São chamados de crioulos os dialetos das colônias européias de além-mar.




A língua portuguesa tem origem no latim vulgar, oral, que os romanos introduziram na Lusitânia, região situada ao norte da Península Ibérica, a partir de 218 a.C..




Com a invasão romana da Península Ibérica, em 218 a.C., todos aqueles povos, exceção dos bascos, passaram a conviver com o latim, dando início ao processo de formação do espanhol, português e galego. Esse movimento de homogeneização cultural, lingüística e política é denominado romanização. Até o século IX, a língua falada era o romance, um estágio intermediário entre o latim vulgar e as modernas línguas latinas, como o português, o espanhol e o francês. Essa fase é considerada a pré-história da língua.




Do século IX ao XII, já se encontram registros de alguns termos portugueses em escritos, mas o português era basicamente uma língua falada. Do século XII ao XVI foi a fase arcaica e do século XVI até hoje, a moderna. O fim do período arcaico é marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, em 1516. O português em Os Lusíadas, de Luís de Camões (1572), tanto na estrutura da frase quanto na morfologia (o aspecto formal das palavras), é muito próximo do atual.



Fonte: UFGNet

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Notícias: Confiram a programação do 5º FITA FLORIPA, que acontecerá no período 12 a 18 junho



Em seu quinto ano, o Festival Internacional de Teatro de Animação comemora um riquíssimo histórico de apresentações de companhias e de espetáculos que utilizam as mais variadas e surpreendentes linguagens dramáticas. Nos palcos do FITA Floripa, bonecos, máscaras, sombras, luvas, objetos e outros tantos elementos ganham vida nas mãos de sensíveis atores-manipuladores.
O Festival amadurece também em seu objetivo de dar ao público infantil acesso à peças de diversas regiões do Brasil e do mundo o que possibilita a este público conviver e crescer reconhecendo a arte como parte da construção de si mesmo. O FITA Floripa cumpre ainda o objetivo de apresentar o Teatro de Animação como uma categoria teatral que trata de temas e abordagens direcionadas ao público jovem, adulto e acadêmico.


Confiram a programação do 5º FITA FLORIPA clicando aqui.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Novidades no acervo - Literatura estrangeira

DIÁRIOS SECRETOS DE AGATHA CHRISTIE



Agatha Christie - 66 romances policiais, 20 peças de teatro, 6 romances sob um pseudônimo e mais de 150 contos. Quais são os mistérios que explicam tamanho sucesso? Em 2004, foram descobertos, entre outros objetos deixados na casa da família de Christie, diários escritos pela autora. São 73 cadernos escritos à mão com notas, listas e desenhos que apresentavam seus planos para diversos livros, peças e contos. Os escritos apresentam, ainda, observações, pistas e notas sobre seus livros. Repleto de detalhes que a autora não revelou em vida, 'Os diários secretos de Agatha Christie' inclui dois contos inéditos de Poirot.




MUNDO SEM FIM

Sinopse: A obra é protagonizada pelos descendentes dos personagens do romance 'Os pilares da terra'. Desta vez, Follett acompanha a trajetória de quatro crianças que presenciam um crime e se comprometem a mantê-lo em segredo. Apesar das diferenças sociais que os separam em plena Idade Média, pelas três décadas seguintes suas vidas seguem entrelaçando-se em encontros e desencontros que geram todo tipo de sentimento, do maior amor ao ódio mais profundo.


A FÚRIA DOS REIS



Sinopse: Em 'A fúria dos Reis', o segundo livro da série 'As crônicas de Gelo e Fogo', George R. R. Martins segue a épica aventura nos Sete Reinos, onde muitos perigos e disputas ainda estão por vir. Além dos combates que se estendem por todos os lados, a ameaça agora também chega pelo céu, quando um cometa vermelho como sangue cruza o céu ameaçadoramente. Uma terra onde irmão luta contra irmão e a morte caminha na noite fria, nada é o que parece ser, e inocência é uma palavra que não existe.

O PALÁCIO DE INVERNO

Sinopse: Na primeira vez em que alterou o curso da história, em 1915, o então jovem camponês russo Geórgui Jachmenev conseguiu impedir um atentado à vida do grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do czar. Esse involuntário ato de bravura acaba por assegurar a Geórgui um lugar de honra na corte de Nicolau II, que o nomeia guarda-costas pessoal de seu filho, o também adolescente Alexei Romanov. Em 1981, agora cidadão britânico e funcionário aposentado da biblioteca do Museu Britânico, o octogenário Jachmenev, enquanto vela pela saúde da esposa Zoia, que vive os últimos estágios de um câncer devastador, deixa a memória flutuar, recordando aleatoriamente os fatos de sua vida, grande parte deles ligados diretamente a eventos históricos que transformaram o século XX. Rasputin, Winston Churchill, um amigo de Charles Chaplin, o último czar russo e outros personagens históricos de vulto misturam-se às pessoas comuns do imaginário de Jachmenev, à medida que sua memória vai aproximando os dois momentos mais importantes de sua vida, aquele em que conquistou o amor de sua vida e aquele em que está prestes a perdê-lo de forma definitiva.

ÁGUA PARA ELEFANTES

Sinopse: Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solícitas e fantasmas do passado. Por 70 anos, Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora. Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem em um acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o maior espetáculo da Terra. Admitido para cuidar de animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável, chefe do setor de animais. É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes - primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.

Novidades no Acervo - Moacyr Scliar




A Biblioteca Central adquiriu novos livros do escritor Moacyr Scliar, que foi homenageado na II Feira do Livro do Colégio Catarinense.

"Para isto servem as palavras, para estabelecer laços entre pessoas - e para criar beleza. Pelo que a ela devemos ser eternamente gratos." Moacyr Scliar




Sinopse: A primeira paixão de Valdo foi a leitura. A leitura o aproximou de Geninho. E Geninho o apresentou ao comunismo. A ideia de que a desigualdade fosse uma injustiça e de que houvesse pessoas lutando pelo fim da opressão social mudou a vida do garoto. Decidido a entrar para o Partido Comunista, Valdo abre as porteiras da estância e cai no mundo. Levando poucos pertences e quase nenhum dinheiro, embarca clandestinamente num trem com destino ao Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, acredita, o lendário líder do Partido, Astrojildo Pereira, haverá de recebê-lo de braços abertos para conduzi-lo em pessoa às fileiras da militância, onde finalmente sua vida ganhará sentido. Mas Astrojildo não está no Rio. Foi a Moscou, sem data para voltar. E Valdo não tem dinheiro. Em vez de lutar para libertar a classe oprimida, torna-se ele próprio um assalariado, operário da construção.

Sinopse: Num congresso de estudos bíblicos, um famoso professor e sua rival evocam, em momentos diferentes, duas figuras singulares; o jovem Shelá e a mulher por quem ele está apaixonado, Tamar. Os dois vão narrar, de pontos de vista distintos, uma intriga passional que mostra quatro homens e uma mulher às voltas com costumes ancestrais que até hoje governam boa parte da população de nosso mundo e que são fonte de conflitos e tragédias. O primeiro filho de Judá, Er, casa-se com Tamar. Como não a engravida, é castigado por Deus com a morte. De acordo com a tradição, compete ao segundo filho, Onan, assumir o papel do falecido; Onan se recusa a cumprir sua missão por considerá-la humilhante, optando por derramar seu sêmen sobre a terra para que a esposa não conceba herdeiros - e Deus também o pune com a morte. Resta Shelá, que o pai não quer entregar a Tamar por temer que o rapaz tenha o mesmo destino dos irmãos. Desqualificada e privada de filhos, Tamar recorre a um ardil que se tornaria lendário e que, recontado aqui na chave do humor, torna-se inesquecível.




Sinopse: Ajudada por um ex-historiador que se converteu em 'terapeuta de vidas passadas', uma mulher descobre que, no século X a. C., foi uma das setecentas esposas do rei Salomão - a mais feia de todas, mas a única capaz de ler e escrever. Encantado com essa habilidade inusitada, o soberano a encarrega de escrever a história da humanidade - e, em particular, a do povo judeu - tarefa a que uma junta de escribas se dedica há anos sem sucesso. Com uma linguagem que transita entre a elevada dicção bíblica e o mais baixo calão, a anônima redatora conta sua trajetória, desde o tempo em que não passava de uma personagem anônima, filha de um chefe tribal obscuro.



Sinopse: A expulsão dos vendilhões do Templo de Jerusalém é o ponto de partida para uma narrativa original, que se desdobra em três épocas - 33 d.C., 1635 e 1997. Na primeira parte, ambientada na Jerusalém da época de Cristo, o episódio bíblico é visto pela óptica de um dos vendilhões, camponês arruinado que chegou à cidade em busca de melhores dias e descobriu no comércio do Templo o trampolim para projetos mirabolantes. A trajetória de Cristo é vista indiretamente pelo olhar desse seu obscuro contemporâneo, e a vida cotidiana na Terra Santa é descrita com humor e vivacidade. Na segunda parte da obra, a narrativa dá um salto no tempo e no espaço. Em 1635, Nicolau, um jovem padre, chega a uma pequena missão jesuítica do sul do Brasil e se vê envolvido numa situação angustiante; com a morte súbita do sacerdote que dirigia a missão, torna-se responsável por uma comunidade indígena cujo idioma não fala. Um forasteiro se oferece como intérprete, mas em pouco tempo seu caráter suspeito se manifesta. A terceira parte do livro se passa em 1997, na cidade surgida a partir da aldeia jesuítica. A esquerda comemora a conquista da prefeitura. Um assessor de imprensa testemunha essas mudanças ao mesmo tempo em que, com ex-colegas de colégio, relembra a peça teatral encenada pelo grupo na infância, tendo como tema o episódio da expulsão dos vendilhões do Templo. As três histórias se entrelaçam e se iluminam, desdobrando de maneira inesperada o núcleo temático do episódio bíblico, com diversas possibilidades cômicas e dramáticas, e focalizando suas implicações morais.

Fonte: http://www.livrariacultura.com.br/