domingo, 24 de julho de 2011

Mudança


Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com
atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!

***Texto de Clarice Lispector
Clarice Lispector: amor, mudança, poemas, textos, vida

Feliz volta às aulas!


"Sem a curiosidade que me move, me inquieta, me insere na busca, não aprendo nem ensino."

Paulo Freire

As férias estão chegando ao fim!

A volta às aulas está agendada para segunda-feira, dia 01 de agosto.
Desejamos que todos os alunos tenham se divertido e descansado bastante! Mas agora, chega de moleza, que é hora de voltar para a escola!
As lembranças deliciosas das férias vão ficando para trás. Voltar às aulas significa mais disciplina: cumprimento de horários, tarefas de casa e uma infinidade de compromissos que exigem muito esforço, tanto dos alunos quanto dos professores e dos funcionários. Para os alunos que não foram bem nos estudos no 1º semestre, ainda há tempo de correr atrás do prejuízo, basta estudar com dedicação. Sejam curiosos, pesquisem, informem-se, solicitem ajuda aos professores quando tiverem dúvidas.

Dicas para tornar mais produtivo o seu estudo:
- Estudar mais a área do conhecimento que menos gosta.
- Distinguir “não gostar do professor” de “não gostar do conteúdo apresentado pelo professor”.
- Não estudar somente por nota, mas estudar porque irá aprender mais.
- Criar interesse pelo estudo, lendo cada vez mais.
- Procurar, vez por outra, estudar com a ajuda de pessoas.
- Fazer da escola um lugar de orientação, estudar mesmo é o que se faz para além da escola, por conta própria.
- Organizar um horário para as suas atividades, reservando tempo para estudar.
- Nas áreas do conhecimento como: Matemática, Português, Inglês, Física, Química o ideal é refazer as atividades dadas em sala de aula, pois é praticando que teremos a certeza de que saberemos fazer.
- Nas áreas do conhecimento como: História, Geografia, Biologia, Ciências temos que esquecer a “decoreba”. O importante é entender a ideia do conteúdo apresentado.
- Lembrar que estudar antecipadamente só traz benefícios, então não espere para estudar um dia antes da prova.

Pe. Adilson Schio, ms - publicado na revista Salette - janeiro e fevereiro de 2008, p. 43.

A Equipe da Biblioteca estará sempre a disposição para orientá-los e auxiliá-los nas pesquisas e nos estudos. Contem conosco sempre!


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Notícias: Curso de flauta doce para crianças

Inscrições abertas para oficinas de flauta doce.
Interessados podem se inscrever até 31 de julho na sede da Fundação Franklin Cascaes, no horário das 13h às 17h. O curso é gratuito.


A Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC) está recebendo até 31 de julho inscrições para a oficina de flauta doce, que inicia em agosto. Os interessados podem se inscrever na sede da Fundação, no Forte Santa Bárbara, no Centro, das 13h às 19h, ou ainda obter informações pelo telefone (48) 3324-1415. As atividades são gratuitas.

Na oficina, os alunos vão ter aulas de flauta soprano, teoria musical e canto, com o objetivo de desenvolver a percepção e a leitura musical, e estimular a socialização por meio da música. As turmas serão divididas nas faixas etárias de 6 a 8 anos, com aulas às segundas-feiras, das 14h às 15h30, na Escola Silveira de Souza, no Centro; e de 9 a 11 anos, com atividades às quartas-feiras, no mesmo horário e local. Não é necessário ter o instrumento musical para participar do curso.

A oficina de flauta doce integra um projeto cultural desenvolvido pela Fundação Franklin Cascaes em parceria com a Secretaria Municipal de Educação – que atualmente administra o prédio do antigo colégio estadual, onde mantém algumas turmas de Educação de Jovens e Adultos. A proposta é revitalizar aquele espaço público, promovendo a ocupação das salas de aula ociosas com atividades musicais gratuitas. O projeto contempla oficinas de piano, percussão, canto coral e da Orquestra Escola da FCFFC, criando o clima para sediar no local a Escola Municipal de Música de Florianópolis.

Serviço:

O Quê: Oficina de flauta doce para crianças
Faixa etária de 6 a 8 anos e de 9 a 11 anos
(Aulas a partir de agosto na Escola Silveira de Souza, Centro)

Quando: Inscrições até 31 de julho – das 13h às 19h

Onde: Sede da Fundação Franklin Cascaes (Forte Santa Bárbara)
Rua Antônio Luz nº 260 - Centro
(48) 3324-1415/ Diretoria de Artes

Quanto: gratuito



domingo, 17 de julho de 2011

Boas Férias!

Férias

Férias...

Que momento glorioso e oportuno,

Quando todos relaxam e dizem “Finalmente...”.

É a sua vida indo ou permanecendo

Melhorando ou modificando

Suspiros de paz

Um tempo para si ou para estar com os outros,

Férias é um momento mágico quando você não tem compromisso nenhum

Tantas e tantas coisas para fazer

Pode ir dormir às 5 da manhã pois não precisa acordar cedo,

Pode acordar três da tarde pois não tem de estar em lugar nenhum,

Cada dia é glorioso, cada dia é único

Você pode fazer o que quer

Você pode até não fazer nada

Um momento que poderia ser infinito

Mas aproveitado tão verozmente por ser finito

Não é um fim de semana passageiro

É mais do que um feriado prolongado

É quando você pode esquecer seus anseios e preocupações

Vai acabar? Vai,

Mas não sem antes você sentir uma coisa que lhe fará bem

Um coisa que lhe fará dizer:

Ah... estou de férias.”

Fonte: http://semais.webnode.pt/news/poesia-ferias-/

A equipe da biblioteca deseja a todos BOAS FÉRIAS!!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Acervo em Espanhol


A Biblioteca do colégio adquiriu uma série de romances da literatura espanhola. São obras indispensáveis ao acervo erudito de qualquer biblioteca, escritas por alguns dos mais importantes autores contemporâneos dessa língua, tais como Pablo Neruda, Gabriel García Marquez, Mario Vargas Llosa e Frederico García Lorca. Destaque-se: todos na língua original, para prestigiar quem gosta de boa leitura e quer praticar seus estudos de língua estrangeira.

"Sin embargo", para enveredarmos, desde logo, no universo da literatura castelhana, trouxemos as sinopses das obras já na língua ibérica:

Pablo Neruda - Antologia General

La antologia geral de Pablo Neruda se inscribe dentro de la colección de ediciones populares conmemorativas que inpulsan la RAE y la Asociación de Academias de la Lengua Española.. La compilación de la obra de Neruda ha corrido a cargo del académico chileno Hernán Loyola, quien ha logrado perfilar una guía para poder seguir, en capítulos, la aventura creadora del poeta. Así, el texto de la Antologia general viene procedido de una serie de análisis que comienza Jorge Edwards (Academia Chilena) con un testimonio personal, una crónica de la última etapa de la vida del poeta. También escriben sobre distintos aspectos de la vida de Pablo Neruda - Alain Sicard (Academia Cubana), Seles Millares (Universidad Autónoma de Madrid), Henán Loyola, Marcos Martos Carrera (Presidente de la Academia Peruana), José Luis Vega (Director de la Academia Puertorriqueña), Pere Gimferrer (Real Academia Española) y Eduardo Lizalde (Academia Mexicana). Esta antologia incluye un texto de Neruda - 'Crónica de San Pancho', un escrito con el que Neruda quiso agradecer la protección que en 1948 le brindó una familia cuando era perseguido por sus ideas politicas.

Pablo Neruda - Cien Sonetos de Amor

'Cien sonetos de amor' sorprenden ante todo por el contraste entre la palpitación de la palabra y la imagen, y la deliberada elección de una desnudez que rehúye los prestigios sonoros o constructivos del soneto clásico.

Pablo Neruda - Veinte poemas de amor y una canción desesperada - Debolsillo

El entusiasmo del público y de la crítica por esta obra juvenil ha crecido con el tiempo y ha transformado 'Veinte poemas de amor» en uno de los libros clásicos de la poesía amorosa contemporánea; un libro que se aleja de la experiencia modernista y anticipa las claves de la escritura posterior de Neruda. Aparentemente, Neruda utiliza todos los ingredientes del repertorio romántico - canta al amor sensual y apasionado, evoca la nostalgia por la mujer ausente y da cuenta, a la postre, de la separación y la ruptura definitiva. Pero el poeta no canta el sentimiento melancólico becqueriano, ni la felicidad rebosante de la conseguida plenitud erótica, sino sólo el amor ligado a la existencia.

Frederico García Lorca - Bodas de Sangre

El mundo de García Lorca supone capacidad creativa, poder de síntesis y facultad natural para captar, expresar y combinar la mayor suma posible de resonancias poéticas sin esfuerzo aparente; y para llegar a la perfección no como resultado de una técnica conseguida con esfuerzo, sino casi de golpe. La variedad de formas y tonalidad resulta deslumbrante, con el amor presentado en un sentido cósmico y pansexualista, y la esterilidad, la infancia y la muerte, como motivos fundamentales. En sus dos tragedias rurales, 'Bodas de sangre', de 1933, y Yerma, se aúnan mitología, mundos poéticos y realidad en una conjunción virtuosa y pasional.

Frederico García Lorca - La casa de Bernarda Alba

Obra genial, una de las piezas capitales del teatro de este siglo, 'La casa de Bernarda Alba' responde a la fórmula que conjuga el teatro de calidad con las posibilidades de funcionamiento dentro de los circuitos comerciales, de acuerdo con el propósito que el autor se había planteado a partir de 1932. La casa de Bernarda Alba pertenece a una serie literaria muy en boga desde finales del siglo XIX y en el primer tercio de siglo; el drama rural.

Frederico García Lorca - Mariana Pineda

El libro cuenta la historia de una joven granadina que es encarcelada en 1831 por haber mandado bordar la bandera que servirá de insignia a una insurreción liberal. Le prometen la libertad si delata a los jefes de ésta, pero, al negarse es condenada a muerte y ejecutada.

Frederico García Lorca - Yerma

Yerma' se ubica en el entorno de un sistema patriarcal que, en la España de los tiempos previos a la guerra civil, se sostenía con empecinamiento. La transgresión de Federico Garcia Lorca consistió justamente en despabilar de la dormidera de siglos a los españoles que sufrían en silencio y que dejaban hacer, y en particular las mujeres. A Lorca le interesaba en esta obra profundizar en - un alma en la que se cebó el Destino señalándola para víctima de lo infecundo -. Obedecer, callar, encerrarse y dormir son las acciones que arman la cadena que enlaza rítmicamente a las mujeres pero que también cerca la vida trágica de los hombres, seres espiritualmente empobrecidos que se hunden en la tierra en la que nacieron para pudrirse olvidados.

Mario Vargas Llosa - Travesuras de la niña mala

Este libro narra la pasión amorosa de un hombre, Ricardo Somocurcio, por una mujer perversa y
calculadora que sólo busca satisfacer sus ambiciones. Pero ésta no es sólo la novela de una pasión
íntima que ocupa más de tres décadas de la vida de Ricardo, es también la crónica de un tiempo
fascinante en dos continentes - Europa y América del Sur. Como telón de fondo contemplamos la historia peruana desde 1950 hasta 1987, con sus vaivenes entre democracia y dictadura. Y a la vez, el París de los años sesenta con sus grandes pensadores del momento (Sartre, Camus); el fascinante Londres de los setenta con la eclosión de la cultura hippie, la droga, la música pop y el amor libre; el Japón de los grandes traficantes, y finalmente la España de mediados de los ochenta.

Gabriel García Marquez - Doce cuentos peregrinos


Los doce cuentos de este libro fueron escritos em el curso de los últimos dieciocho años. Antes de su forma actual, cinco de ellos periodísticas y guiones de cine, y uno fue un serial de televisión. Otro lo conté hace quince años en una entrevista grabada , y el amigo a quien se lo conté lo trancribió y lo publicó, y ahora lo he vuelto a escribir a partir de esa versión. Ha sido uma rara experiencia creativa que merece ser explicada, aunque sea para que los niños que quieren ser escritores cuando sean grandes sepan desde ahora qué insaciable y abrasivo es el vicio de escribir.

Gabriel García Marquez - Relato de un náufrago - Debolsillo

El 28 de febrero de 1955 cunde la noticia de que una tormenta en el mar Caribe ha hecho naufragar al destructor 'Caldas', de la marina de guerra de Colombia. La búsqueda de los náufragos se inicia de inmediato, pero al cabo de pocos días de esfuerzos inútiles los marineros perdidos son declarados oficialmente muertos. Sin embargo, una semana después aparece uno de ellos. Es Luis Alejandro Velasco, que ha permanecido diez días, sin comer ni beber, en una balsa a la deriva. El renombre inmediato rodea al náufrago, un muchacho robusto, de veinte años, 'con más cara de trompetista que de héroe de la patria'. El sobreviviente acude un día a la sala de redacción de 'El Espectador' de Colombia. Propone a un joven periodista narrar la verdadera historia del naufragio, sin las deformaciones del oficialismo ni los manoscos de la propaganda. El joven periodista se llama Gabriel García Márquez.

Gabriel García Marquez - Crônica de una muerte anunciada

Acaso sea 'Crónica de una muerte anunciada' la obra más 'realista' de Gabriel García Márquez, pues se basa en un hecho histórico acontecido en la tierra natal de escritor. Cuando empieza la novela, ya se saber que los hermanos Vicario van a matara a Santiago Nasar - de hecho ya le han matado- para vengar el honor ultrajado de su hermana Ángela, pero el relato termina precisamente en el momento en que Santiago Nasar. El tiempo cíclico, tan utilizado por García Márquez en sus obras, reaparece aquí minuciosamente descompuesto en cada uno de sus momentos, reconstruido prolija y exactamente por el narrador, que va dando cuenta de lo que sucedió mucho tiempo atrás, que avanza y retrocede en su relato y hasta llega mucho tiempo después para contar el destino de los supervivientes.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aniversário de Pablo Neruda

"Os poetas odeiam o ódio e fazem guerra à guerra."

Pablo Neruda foi um poeta chileno, considerado uma das vozes mais elevadas da poesia mundial do século XX. Apaixonado pela vida e corajoso intelectual militante, sua trajetória levou-o a aventurar-se como um dos mais expressivos poetas da língua espanhola, que soube cantar, em um só tempo, o amor que abarca o cosmos e a escuridão da opressão em tempos de luta. Um olhar que abrange tanto a vastidão dos seres como o abismo interior da linguagem. Ganhador, em 1971, do Prêmio Nobel de literatura, Neruda pertence à tradição viva da mais alta poesia castelhana.

Filho de um operário ferroviário e de uma professora primária, nasceu em 12 de julho de 1904, na cidade de Parral (Chile). Seu nome verdadeiro era Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Perdeu a mãe no momento do nascimento. Em 1906, a família mudou-se para a cidade de Temuco. Começou a estudar por volta dos sete anos no Liceu para Meninos da cidade. Ainda em fase escolar, publicou seus primeiros poemas no jornal “ La Manãna”. No ano de 1920, passou a contribuir com a revista literária “Selva Austral”, já utilizando o pseudônimo de Pablo Neruda (homenagem ao poeta tcheco Jan Neruda e ao francês Paul Verlaine).

Em 1921, foi morar na cidade de Santiago e estudou pedagogia no Instituto Pedagógico da Universidade do Chile. Em 1923 publicou ‘Crepusculário” e no ano seguinte “Vinte poemas de amor e uma canção desesperada”, já com uma forte marca do modernismo.

No ano de 1927, começou sua carreira diplomática, após ser nomeado cônsul na Birmânia. Em seguida passou a exercer a função no Sri Lanka, Java, Singapura, Buenos Aires, Barcelona e Madrid. Nesta viagens, conheceu diversas pessoas importantes do mundo cultural. Em Buenos Aires, conheceu Garcia Lorca, e em Barcelona Rafael Alberti.

Em 1930, casou-se com María Antonieta Hagenaar, divorciando-se em 1936. Logo após começou a viver com Delia de Carril, com quem se casou em 1946, até o divórcio em 1955. Em 1966, casou-se novamente, agora com Matilde Urrutia.

Em 1936, explodiu a Guerra Civil Espanhola. Comovido com a guerra e com o assassinato do amigo Garcia Lorca, comprometeu-se com o movimento republicano. Na França, em 1937, escreveu “Espanha no coração”. Retornou neste ano para o Chile e começou a produzir textos com temáticas políticas e sociais.

No ano de 1939, foi designado cônsul para a imigração espanhola em Paris e pouco tempo depois cônsul Geral do México. Neste país escreveu “Canto Geral do Chile”, que é considerado um poema épico sobre as belezas naturais e sociais do continente americano.

Ele fala nos Libertadores no capítulo IV :

XXIX- Castro Alves do Brasil

Castro Alves do Brasil, para quem cantaste?
Para a flor cantaste? Para a água
cuja formosura diz palavras às pedras?
Cantaste para os olhos para o perfil recortado
da que então amaste? Para a primavera?

Sim, mas aquela pétalas não tinham orvalho,
aquelas águas negras não tinham palavras,
aqueles olhos eram os que viram a morte,
ardiam ainda os martírios por detrás do amor,
a primavera estava salpicada de sangue.

- Cantei para os escravos, eles sobre os navios
como um cacho escuro da árvore da ira,
viajaram, e no porto se dessangrou o navio
deixando-nos o peso de um sangue roubado.

- Cantei naqueles dias contra o inferno,
contra as afiadas línguas da cobiça,
contra o ouro empapado de tormento,
contra a mão que empunhava o chicote,
contra os dirigentes de trevas.

- Cada rosa tinha um morto nas raízes.
A luz, a noite, o céu, cobriam-se de pranto,
os olhos apartavam-se das mãos feridas
e era a minha voz a única que enchia o silêncio.

- Eu quis que do homem nos salvássemos,
eu cria que a rota passasse pelo homem,
e que daí tinha de sair o destino.
Cantei para aqueles que não tinham voz.
Minha voz bateu em portas até então fechadas
Para que, combatendo, a liberdade entrasse.

Castro Alves do Brasil, hoje que teu livro puro
torna a nascer para a terra livre,
deixam-me a mim, poeta da nossa América,
coroar a tua cabeça com os louros do povo.
Tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens.
Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar.

Em 1943, foi eleito senador da República. Indignado com o tratamento repressivo que era dado aos trabalhadores de minas, começou a fazer vários discursos, criticando o presidente González Videla. Passou a ser perseguido pelo governo e foi exilado na Europa.

Em 1952, publicou “Os versos do capitão” e dois anos depois “ As uvas e o vento”. Recebeu o prêmio Stalin da Paz em 1953. Em 1965, recebeu o título honoris causa da Universidade de Oxford (Inglaterra). Em outubro de 1971, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.

Durante as eleições presidenciais do Chile nos anos 70, Neruda abriu mão de sua candidatura para que Salvador Allende vencesse, pois ambos eram marxistas e acreditavam numa América Latina mais justa que, a seu ver, poderia ocorrer com o socialismo. Com a vitória de Allende, foi designado embaixador na França. Doente, retornou para o Chile em 1972.

Em 23 de setembro do ano seguinte, Pablo Neruda morreu, supostamente de câncer de próstata, na Clínica Santa Maria de Santiago (Chile). Sua morte ocorreu apenas 12 dias depois do golpe militar que tomou o poder e assassinou o presidente eleito Salvador Allende, mergulhando o país numa das fases mais negras de sua história. Quase 40 anos após a sua morte, foi aberto um inquérito para investigar se Neruda teria sido morto pelo regime de Pinochet.

Obras de Pablo Neruda:

Crepusculario.
Veinte poemas de amor y una canción desesperada.
Tentativa del hombre infinito.
El habitante y su esperanza. Novela.
Residencia en la tierra (1925-1931).
España en el corazón. Himno a las glorias del pueblo en la guerra: (1936- 1937).
Tercera residencia (1935-1945).
Canto general.
Todo el amor.
Las uvas y el viento.
Odas elementales.
Nuevas odas elementales.
Tercer libro de las odas.
Estravagario.
Cien sonetos de amor (Cem Sonetos de Amor).
Navegaciones y regresos.
Poesías: Las piedras de Chile.
Cantos ceremoniales.
Memorial de Isla Negra.
Arte de pájaros.
La Barcaola.
Las manos del día.
Fin del mundo.
Maremoto.
La espada encendida.
Invitación al Nixonicidio y alabanza de la revolución

Para conhecer mais sobre Neruda e sua obra, visite o site mantido pela Universidade do Chile .

terça-feira, 5 de julho de 2011

Como escolher a profissão certa


Foto: profissão

Vestibular, carreira, profissão, sonho, vocação, metas, aptidão, futuro, realização pessoal... na mente do jovem vestibulando, essas palavras transitam em ritmo frenético, consequência da infalível pergunta que todos fazem ao final do Ensino Médio: que profissão escolher?

É raro um estudante que passa ileso por esse questionamento. Em geral, ansiedade, angústias e incertezas marcam o período, o que, na visão de especialistas, nem sempre é prejudicial. "Uma dose de ansiedade pode ser benéfica, uma vez que leva o aluno a se dedicar mais inteiramente ao processo de escolha. Não a ansiedade que paralisa, mas a que mobiliza para a vida", esclarece Alessandra Suplicy Conway, psicóloga em Santos-SP e membro da direção da ABOP (Associação Brasileira de Orientadores Profissionais).

Na maioria dos casos, esses sentimentos estão presentes porque os jovens pensam que estão fazendo uma escolha para a vida. "E este é um pensamento equivocado", acredita Andréa Godinho de Carvalho Lauro, orientadora vocacional do Colégio Vértice, em São Paulo. "É, sim, uma escolha muito importante, mas não é para toda a vida, porque muita coisa pode mudar pelo caminho", explica. Segundo a orientadora, os jovens não percebem (e, geralmente, por falta de maturidade) que este é só o começo de uma longa carreira que se inicia. "Escolher a profissão não significa definir toda a sua carreira", conclui.

Não há como prever todo o futuro só com a escolha da profissão. Regina Sonia Gattás do Nascimento, psicóloga e supervisora de orientação vocacional da clínica da PUC, em São Paulo, concorda: "A profissão é um dos componentes do seu projeto de vida, mas é preciso ter em mente que o mercado muda, as pessoas mudam. É preciso estar preparado para, muitas vezes, ter de ajustar o caminho".

O que o jovem vestibulando deve fazer para tomar a decisão mais acertada? Como encontrar a profissão que mais combine com o seu perfil? "Fundamentando sua escolha em muita informação", responde a orientadora Andréa Godinho. "O vestibulando precisa fazer uma busca rigorosa de informação, tanto sobre si próprio, quanto sobre as muitas carreiras existentes, o mercado de trabalho e as muitas frentes em que ele pode atuar".

O jovem tem de ter papel ativo na escolha da profissão. "Precisa buscar informações em diferentes fontes: na escola, na família, na universidade que pretende cursar e com profissionais experientes", recomenda a especialista Alessandra Conway. Investir no autoconhecimento é uma boa saída. "Conhecer-se é essencial para tentar se colocar de formar mais inteira na carreira", diz Regina Nascimento.

Para ler o artigo publicado pelo Educar para Crescer na íntegra e fazer o teste:Dúvidas com a escolha da profissão? clique aqui.


Empréstimo de livros com prazos especiais durante o recesso escolar de julho

A Biblioteca, como de costume, emprestará livros para serem lidos durante o recesso escolar de julho. Aproveite esta oportunidade para ler aquele livro desejado, mas que devido aos estudos e a correria do dia-a-dia, acabou ficando em segundo plano.

A partir do dia 04 de julho os prazos de empréstimos para as férias serão especiais e serão viabilizados empréstimos prolongados para todos os alunos, professores e funcionários.

Entre os dias 04 de julho e 29 de julho de 2011, os empréstimos e as renovações receberão prazo de devolução para 30 dias.

ATENÇÃO: os empréstimos e as renovações feitas a partir de 01/08/2011 voltarão a ter prazo normal, de acordo com a categoria de cada usuário.
O prazo de empréstimo de revistas continua o mesmo: 3 dias apenas para professores e funcionários.
O empréstimo de itens de consulta local também não será alterado.


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Livros indicados para o Vestibular UFSC 2012: 13 Cascaes

Em 16 de outubro de 1908, na localidade de Itaguaçu, quando ainda pertencia ao município de São José da Terra Firme, nascia Franklin Joaquim Cascaes, um dos maiores estudiosos da cultura popular de raiz açoriana na Ilha de Santa Catarina.


Exibindo imenso talento artístico, valeu-se da escrita, do desenho, da escultura e do artesanato, para imortalizar todo o universo legado pelos antigos colonos açorianos através dos seus descendentes, dos quais foi um dos seus maiores representantes. As narrativas fantásticas sobre bruxarias, ricamente ilustradas, compõem o cerne do grande acervo deixado por Franklin Cascaes, tornando-o um dos maiores defensores da tradição popular ilhoa. Na sua paciente pesquisa, desenvolvida ao longo de trinta anos, conseguiu salvar a memória da cultura popular de Santa Catarina. Faleceu na Ilha de Santa Catarina, terra tão venerada por ele, no dia 15 de março de 1983.


Com a chegada do centenário do nascimento do Estudioso Bruxólico, surgiu a idéia de homenageá-lo com uma coletânea de contos, confeccionados por 13 dos melhores escritores catarinenses, incorporando toda a linguagem e a mitologia construída por Cascaes. O homenageado, aqui, torna-se protagonista de seu próprio universo fantástico, alçado à condição de personagem da mitologia que ajudou a resgatar. De leitura tão agradável quanto enriquecedora, os 13 contos desdobram facetas múltiplas do gênio bruxo e a herança que nos legou, entrelaçando com habilidade ficção e realidade, memória e imaginação.


Os 13 contistas (na melhor adequação buxólico-cabalística), convertidos em "Cascaes", que com fina ironia, se esgueiram entre tocas de boitatás e reuniões bruxólicas, são: Salim Miguel, Flávio José Cardozo, Adolfo Boos Jr., Amilcar Neves, Eglê Malheiros, Fábio Brüggemann, Jair Francisco Hamms, Júlio de Queiroz, Maria de Lourdes Krieger, Olsen Jr., Péricles Prade, Raul Caldas Filho e Silveira de Souza.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sugestões de leitura

1599 um ano na vida de William Shakespeare, de James Shapiro

Este livro é uma descrição de um ano singular na vida do poeta e dramaturgo William Shakespeare. James Shapiro leva o leitor a acompanhar o que Shakespeare leu, escreveu, viu e com quem trabalhou enquanto investia no novo Globe Theatre e criava quatro de suas peças - 'Henrique V', 'Júlio César', 'Como gostais' e 'Hamlet'. Um ano que mudou não somente seu destino, mas o curso da literatura mundial.

Novidades: Clássicos da literatura em quadrinhos

Chegaram mais uns livros interessantes que foram incorporados ao nosso acervo:


A ilha do tesouro, de Robert Louis Stevenson
, com roteiro de David Chauvel


A vida de Jim Hawkins muda no dia em que um ex-pirata colérico se instala na hospedaria de seu pai. Eles se tornam amigos, mas o velho lobo do mar morre pouco depois. Então Jim descobre na arca do pirata o mapa do tesouro pertencente ao famoso capitão Flint. A caça ao tesouro vai começar.



As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, com roteiro de Jean David Morvan e Frédérique Voulyzé.

Tom Sawyer é um jovem órfão que vive com seu irmãozinho Sid na casa de sua tia Polly. Preguiçoso de marca maior, ele se recusa a fazer qualquer esforço, salvo quando se trata de seduzir a bela Becky. Com seu companheiro Huck, Tom se entrega a todo tipo de bagunça; os dois vivem pregando peças e pintando o sete, até o dia em que testemunham um assassinato.

Fonte: www.moderna.com.br

Novidades: Literatura americana

A estrada, de Cormac McCarthy

Num futuro não muito distante, o planeta encontra-se totalmente devastado. As cidades foram transformadas em ruínas e pó, as florestas se transformaram em cinzas, os céus ficaram turvos com a fuligem e os mares se tornaram estéreis. Os poucos sobreviventes vagam em bandos. Um homem e seu filho não possuem praticamente nada. Apenas uns cobertores puídos, um carrinho de compras com poucos alimentos e um revólver com algumas balas, para se defender de grupos de assassinos. Estão em farrapos e com os rostos cobertos por panos para se proteger da fuligem que preenche o ar e recobre a paisagem. Eles buscam a salvação e tentam fugir do frio, sem saber, no entanto, o que encontrarão no final da viagem. Essa jornada é a única coisa que pode mantê-los unidos, que pode lhes dar um pouco de força para continuar a sobreviver.

Pollyanna, de Eleanor H. Porter

'Pollyanna' é um clássico da literatura infanto-juvenil. Escrito em 1912, foi inicialmente publicado em capitulos no jornal Christian Herald, de Boston. É uma história sobre o amor, a amizade e, sobretudo, sobre o surpreendente poder de transformação que os jovens e as crianças podem ter, sem se dar conta. Uma otimista incurável, Pollyanna não aceita desculpas para a infelicidade e empenha-se de corpo e alma em ensinar às pessoas o caminho de superar a tristeza e a vida negativa.



Pollyanna Moça, de Eleanor H. Porter

Pollyanna Moça', escrita em 1915, é uma novela para crianças e adultos. É a primeira de várias seqüências de 'Pollyanna' (1912). A filosofia da personagem Pollyanna está centrada naquilo que ela chama de 'o jogo do contente' - ela sempre procura encontrar, em qualquer situação, alguma coisa para ser feliz. A mensagem do livro é uma lição de otimismo e esperança que tem encantado crianças e adultos, através das gerações.

Novidades: Coleção de Olho aberto, da editora SM

A coleção De Olho Aberto busca despertar e sensibilizar o leitor para temas relacionados com os direitos humanos, contribuindo assim para a compreensão da realidade cultural, social e política contemporâneas. Estruturados em relatos ficcionais e verídicos, recolhidos pelos próprios autores, os livros desta coleção atuam como uma chamada ao compromisso social e a justiça, e trazem um dossiê com dados e análises da origem e do contexto das situações tratadas em cada um dos volumes.


Crianças feridas: uma mina, uma vida amputada, de Reine-Marguerite Bayle

Este livro traz dois relatos ficcionais sobre crianças que sofreram mutilações decorrentes de minas explosivas enterradas durante períodos de conflito armado. A primeira narrativa se passa no Camboja, Ásia, e a outra em Moçambique, África. Por meio dos relatos, a autora discute com sutileza um tema forte e atual: como a guerra continua destruindo vidas mesmo depois de encerrada.



A pesca milagrosa: a guerrilha na Colômbia, de Alain Devalpo

A partir da história ficcional de Tomys, que é sequestrado por guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e do drama real do engenheiro Pavel e da senadora Ingrid Betancour, esta por seis anos em poder dos guerrilheiros, o leitor entra em contato com a realidade da Colômbia, marcada por contradições históricas e pela guerra civil que afeta o país há décadas.




Os Pichadores de Jabalia: a vida em um campo de refugiados palestinos, de Ouzi Dekel

Faixa de Gaza, campo de refugiados palestino. Youval, um jovem soldado israelense, vai servir no campo de Jabalia. Ali, vivencia o difícil cotidiano dos milhões de refugiados sem pátria. Ao acompanhar um pequeno grupo de pichadores que imprime mensagens de resistência nos muros do campo, Youval aprende que a diferença é uma experiência enriquecedora e que olhar e respeitar o outro é a maneira mais lúcida de estabelecer a paz. No final, há um dossiê informativo sobre a questão palestina.



Nakusha, a indesejável, de Laurence Binet

Este livro traz dois depoimentos ficcionais sobre meninas que são perseguidas simplesmente por terem nascido mulheres. No primeiro, Nakusha vive na Índia como uma verdadeira escrava, submetida às vontades do pai. No segundo, conhecerá a batalha de Latifa e Lal, cujas histórias se passam no Afeganistão, durante a guerra civil em Cabul. As três protagonistas lutam pela sobrevivência, pelo respeito e pela dignidade.





A força de Bedirya: a vida de meninas na Eritréia, de Gérard Dhotel

Este é o depoimento, baseado em fatos verídicos, de um repórter que visita a Eritreia, na África. Lá, conhece as condições de vida da população (que sobrevive à seca e ao fim de trinta anos de guerra contra a Etiópia) e acompanha de perto o destino de Bedirya, cujo maior sonho é voltar a estudar. Conhecendo o cotidiano da menina, tem-se um retrato fiel da realidade atual desse país da África.




Fonte: http://www.edicoessm.com.br/literatura-e-informativos/todos/todos/de-olho-aberto

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Coleção História Geral da África em português (Somente em PDF)


Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.

Download gratuito (somente na versão em português):
Para acessar a página da UNESCO e fazer download clique aqui.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Novidades: Clássicos da literatura universal em histórias em quadrinhos

Divirta-se com histórias de aventuras incríveis, conheça os livros da coleção Farol HQ:

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Alice era uma garota curiosa e imaginativa, comum como qualquer outra, até ser transportada para um lugar que era tudo, menos comum. Após entrar na toca de um coelho, a pequena Alice se vê em um mundo mágico, comandado por uma rainha neurótica e habitado por seres fantásticos. Escrita em 1864 e adorada desde então, a incrível jornada de Alice no país das maravilhas é considerada a obra-prima do inglês Lewis Carroll.



ROBINSON CRUSOÉ

O jovem Robinson Crusoé está farto da vida pacata que leva com os pais na Inglaterra. Ele busca uma grande aventura e, para isso, embarca num navio mercante. Após um naufrágio que dizima todo o restante da tripulação, Crusoé se vê isolado numa ilha. Ele conseguirá partir ou será forçado a permanecer ali até o fim de sua vida? Robinson Crusoé, a mais célebre obra de Daniel Defoe, foi escrita em 1719 e é considerada pioneira do realismo.


VINTE MIL LÉGUAS SUBMARINAS

Um misterioso monstro assombra os oceanos, destruindo navios e matando seus tripulantes. O governo dos Estados Unidos reúne uma equipe de profissionais para rastreá-lo e aniquilá-lo. Dentre eles estão o professor e biólogo marinho Pierre Aronnax, seu fiel conselheiro, Conseil, e o canadense Ned Land, o melhor arpoador do mundo. Publicado originalmente em 1870, Vinte Mil Léguas Submarinas é um exemplo da visão e imaginação de Júlio Verne.


A ILHA DO TESOURO

A vida do jovem Jim Hawkins vira de cabeça para baixo depois que o marujo Billy Bones chega à estalagem de seu pai e, com ele, um mapa que indica a localização de um tesouro inimaginável, escondido por um pirata. Nessa missão, Jim descobrirá que são poucas as pessoas nas quais pode confiar. A Ilha do Tesouro, aventura contada por Robert Louis Stevenson, vem conquistando gerações de leitores por mais de 120 anos.




Fonte: http://www.editoradcl.com.br/

Novidades: Literatura infanto-juvenil


MARCELO DESCOBRE A ALEMANHA


Em Marcelo descobre a Alemanha, há dois núcleos principais na narrativa: o de um personagem adolescente – Marcelo – e o de uma jovem que viaja como empregada doméstica da família – Marli.

O ritmo é o de uma estadia de um ano, em que os Coronha Vasconcelos vão viver em Leipzig, com data marcada para retornar. E, embora os personagens não tenham sentido a solidão de quem faz intercâmbio sem a família, vivem com dificuldades as diferenças culturais.

O Muro de Berlim, a Segunda Guerra Mundial, a Baviera, a cidade de Leipzig, a vida e a obra de Goethe formam cenários panorâmicos da intensa história da Alemanha, cuja nação se formou tardiamente no século XIX, e são apresentados ao leitor pelos Coronha Vasconcelos.



PROFISSÃO: JOVEM


O livro reúne oito histórias com personagens em seus primeiros empregos ou refletindo sobre futuras carreiras. São registros intensos ou pitorescos, de empregos eventuais ou revelando habilidades herdadas da família. Situações que poderiam ser vivenciadas por qualquer jovem.

Além das histórias, o livro também traz entrevistas com jovens de carne e osso, que já enfrentam o mercado de trabalho, de maneira formal ou
ocasional. O que pensam eles? Gostam do que fazem? Acreditam que suas tarefas os ajudarão na futura escolha profissional?



O POETA QUE FINGIA



Nessa história, o poeta Fernando Pessoa torna-se um personagem por meio da imaginação do menino João Fernando. Órfão de mãe e traumatizado pela relação complicada com o pai, o garoto vê o poeta como um pai espiritual, que abre seus olhos para vida e o insere no mundo da poesia.

Grande parte das falas de Fernando Pessoa na história são inventadas, sendo algumas baseadas em registro em cartas ou em diários. Outras são retiradas de poesias suas ou de seus heterônimos. Assim, o livro não somente estuda a obra deste grande poeta, mas também, revela sua importância na literatura mundial.


Fonte: http://www.ftd.com.br/

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sugestões de leitura: Fernando Pessoa

Estes livros fazem parte do nosso acervo e estão a disposição para empréstimo na Biblioteca:


FICÇÕES DO INTERLÚDIO


Uma espécie de antologia pessoal, reunindo poemas em português que Fernando Pessoa publicou em vida (1914 e 1935, em revistas e jornais) e que ele pretendia transformar em livro. Além do próprio Pessoa, aparecem na obra os heterônimos Alvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro, em poemas célebres como 'Autopsicografia', 'Ode marítima', 'Melhor destino que o de conhecer-se' e 'O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia'.




MENSAGEM


Único livro em português publicado em vida por Fernando Pessoa, trata-se de uma pequena epopéia em que o eu lírico é na verdade um 'nós' - a nação portuguesa. São poemas 'em que se resume a história passada, e a promessa da história futura, de Portugal', como escreveu Pessoa. No centro do poema - assim como no centro da nação e da alma portuguesa - surge o mito de Dom Sebastião, força aglutinadora de todas as esperanças.


QUANDO FUI OUTRO


A paixão é apenas um dos temas explorados neste livro. Foram pesquisados mais de 25 mil originais em português, inglês e francês, escritos por Fernando Pessoa. A seleção, não acadêmica, teve o cuidado de pinçar aqueles textos do poeta que o tempo não apagou, que ainda despertam emoção e empatia no homem contemporâneo. Nesta antologia primorosa, original, Ruffato garimpou cartas que o poeta enviou para Ophélia, sua namorada, em dois períodos distintos, e textos em prosa que nos envolvem com uma narrativa ácida, inteligente - além de priorizar uma seleta impecável de poemas, que abrigam desde os clássicos 'Tanto mar', 'Tabacaria' e 'Autopsicografia', até jóias pouco conhecidas, que nos ajudam a desvendar o caráter enigmático e melancólico de Pessoa. Além de grande poeta, Fernando Pessoa foi também um filósofo interessado em diversos assuntos como religião, astrologia, teoria literária, história e política em seus textos. Uma profusão de interesses que mostra a desesperada tentativa de compreender o homem em sua totalidade. 'Quando fui outro' ressalta a unidade temática da obra de Pessoa e a absoluta simbiose entre vida e arte. Essa é uma antologia em que os heterônimos se escondem para que nos aproximemos de Fernando Pessoa, o homem que se multiplicava em identidades diferentes para se compreender, para decifrar o mundo e, também, provavelmente para se ocultar.


POESIA COMPLETA DE ÁLVARO DE CAMPOS


Álvaro de Campos era o heterônimo mais escandaloso e febril de Fernando Pessoa (1888-1935). O poeta português dizia que os versos de Campos lhe ocorriam quando ele sentia um impulso indefinível para escrever. Sua poesia explosiva pôs abaixo as formas tradicionais do lirismo e da poesia parnasiana e simbolista. Alguns dos mais conhecidos versos do heterônimo expressam essa crise artística e de identidade do homem moderno - 'Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada./ À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo'.


POESIA COMPLETA DE RICARDO REIS


Ricardo Reis foi o segundo heterônimo criado por Fernando Pessoa, depois de Alberto Caeiro e antes de Álvaro de Campos - e é o mais clássico de todos eles. Suas odes refletem um espírito rigoroso, que defendia a ausência de desejos e o autodomínio como receita de sabedoria. A severidade de sua postura criou uma poesia precisa, de métrica calculada.


O POETA FINGIDOR



O 'Poeta fingidor', com apresentação de Claufe Rodrigues e prefácio de Carlos Felipe Moisés, é mais que uma antologia de Fernando Pessoa. Contém, além da antologia, um DVD com um documentário exibido pela Globo News em 2008.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Comemoração do 103º aniversário de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa é o nosso poeta mais íntimo, e todos gostamos de acreditar que o conhecemos profundamente. Mas quantos sabem que ele inventou o aerograma, criou um slogan para a Coca-Cola, ou mesmo que era iniciado em artes místicas?


Complexo, controverso e apaixonante, o criador dos mais charmosos heterônimos da literatura mundial encontrou no coração dos brasileiros, o palco ideal para encenar seu "drama-em-gente", misto de vida e obra, máscaras e emoções. Naturalmente, tanto quanto Drummond, Vinicius, Bandeira, Pessoa é considerado um poeta nosso, e o gosto mútuo pelo uso do gerúndio não será a única explicação para esse caso de amor.


Quando morou em Lisboa, no ano de 1914, o poeta carioca Ronald de Carvalho chegou a conviver com ele. Ambos participaram da criação da revista Orpheu (a publicação, a princípio, seria luso-brasileira, ideia que, afinal, não vingou).


O feliz namoro entre Pessoa e os brasileiros começou efetivamente no início da década de 1940, quando desembarcou no Brasil, depois de ser apreendida em Portugal uma edição inteira contendo uma seleção de textos que incluía város poetas heterônimos. Até aquele momento, mesmo no nosso meio literário, quase ninguém conhecia o poeta. Surgiram então os primeiros estudos literários; vários artistas passaram a retratá-lo em versos, tintas e canções; e mesmo Drummond escreveu mais de um poema em homenagem a ele.


Dos saraus, nos anos 1950, aos palcos da contracultura, na década seguinte, a popularidade do poeta fingidor aumentou consideravelmente entre nós. Mas, a rigor, ele ainda era um escritor para iniciados.


O poeta só conquistou o grande público no começo dos anos 1980, com a publicação do Livro do Desassossego (um texto em prosa, claro). A glorificação póstuma seria sacramentada na mesma década, com a celebração em Portugal do cinquentenário de morte, em 1985, e do centenário de nascimento, em 1988. Desde então, Pessoa não para de ganhar adeptos, penetrando na corrente sanguínea da sociedade humana através dos poros e dos sentidos, enquanto sua figura se agiganta cada vez mais perante os grandes nomes da literatura universal.



Texto de Claufe Rodrigues, poeta e jornalista.